03/07/07

O super rock, a super bock, o mp3, o percurso a pé e o autocarro ou vice-versa

UM CONCERTO: PETER MURPHY, NO COLISEU DOS RECREIOS (20/10/1995)

A esta hora já os meus companheiros de blog se divertem, digo eu, no primeiro dia do 2º acto do SBSR. Estão lá hoje, vão lá estar amanhã e vamos lá estar na quinta. Não resisti, é verdade. Se soubesse que algumas das bandas presentes iriam estar em Lisboa brevemente, pensava duas vezes. Preferia vê-los em concerto normal, é um facto, mas gosto de festivais. Ir a um festival é como se, em vez de irmos ver um filme a um cinema onde sabemos que as pessoas são civilizadas, optamos por ir ao Colombo ou às Amoreiras. A única diferença é que, decididamente, não frequento estes cinemas...Os festivais têm muitos inconvenientes: os milhares de pessoas que vão só porque vão, as multidões (que não gosto), as conversas do lado quando estamos a tentar concentrar-nos num concerto, os empurrões e as pessoas a passar-nos à frente, a confusão na entrada, na saída, nas necessidades fisiológicas (incluindo a comida e a bebida)...este é o último a que vou, digo sempre. Sou um mentiroso. Um fraco. Mas não estou com inveja de quem lá está, e é por isso que vou vibrar na quinta-feira com os TV on The Radio e os Interpol, e é por isso que gostava de ver Arcade Fire, LCD Soundsystem e The Rapture, revisitar os Jesus and Mary Chain, rever Maximo Park, etc.. Mas não estou com inveja, vou só ali buscar uma super bock e de quem é a vez de ir buscar agora cerveja?

Uma das exigências do novo emprego foi que largasse o carro e passasse a andar, de novo, de transportes públicos. Nada que me incomode. Não há muito tempo, ia de transportes para o trabalho e gostava, porque no trajecto podia fazer uma das coisas que mais gosto: ler. O problema, agora, é que quase metade do percurso é feito a pé. Ou seja, não dá muito jeito ler a andar, por isso troquei a leitura pelo mp3 (obrigado, miúda). E assim, nos últimos dias, tenho ouvido com atenção álbuns na íntegra, o que não sucedia há algum tempo. Esta semana, vá lá saber-se porquê, peguei na curta discografia dos TV on The Radio. Conhecia muito bem "Desperate Youth, Blood Thirsty Babes", que comprei mal foi editado em Portugal, em 2004. "Return to Cookie Mountain", também já me era familiar, mas não tanto. E, pelo caminho, algumas raridades. Até quinta.

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